Um incêndio se alastrou rapidamente pelos pavilhões utilizados para a conferência climática da ONU no Brasil, provocando evacuações na quinta-feira, penúltimo dia do evento. Autoridades informaram que 13 pessoas foram atendidas por inalação de fumaça.
Organizadores disseram que o fogo foi controlado em cerca de seis minutos. Os bombeiros ordenaram a evacuação de todo o local da conferência, conhecida como COP30, e não havia previsão para a retomada das negociações.
O ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, disse a jornalistas no local que o incêndio começou próximo ao Pavilhão da China, um dos vários pavilhões montados para eventos paralelos à conferência climática.
O fogo se alastrou rapidamente para os pavilhões vizinhos, afirmou Samuel Rubin, um dos responsáveis por um pavilhão de entretenimento e cultura. Ele disse que entre os pavilhões próximos estão vários dos pavilhões da África e um voltado para o público jovem.
Vídeos mostraram enormes chamas em um dos pavilhões, estruturas reforçadas de lona ou tecido que geralmente têm três paredes e um piso.
O governador do Pará, Helder Barbalho, disse ao canal de notícias local G1 que uma falha em um gerador ou um curto-circuito em uma cabine pode ter iniciado o incêndio.
Grande parte do local da cúpula em Belém ainda estava em construção até a abertura da conferência, com vigas expostas, pisos de madeira compensada e corredores com tela metálica que não levavam a lugar nenhum fora do centro de convenções. Durante um evento pré-cúpula, era possível ouvir o barulho de perfurações e britadeiras enquanto líderes mundiais discursavam e dezenas de operários com capacetes se movimentavam rapidamente pelos pavilhões inacabados cobertos por plástico.
Gabi Andrade, voluntária da COP30 na cidade anfitriã, Belém, disse que estava trabalhando nas acreditações da conferência nas últimas três semanas. Quinta-feira era sua primeira tarde livre e ela tinha acabado de voltar do almoço e estava explorando o pavilhão de Singapura quando o incêndio começou.
Ela disse que viu fumaça preta. Um segurança segurou sua mão e a conduziu até a saída enquanto ela chorava e gritava “fogo!”.
Em meio ao choque da situação, ela se preocupava com o que isso significaria para a reputação do Brasil, país anfitrião das negociações. “É muito triste para nós”, disse ela. “Todos nós trabalhamos muito duro.”
Fonte: npr.org
