BACC TRAVEL

Os passeios de balão revelam os encantos e segredos existentes nas belas paisagens brasileiras. Os roteiros agradam desde casais até grupo de amigos que desejam vivenciar o momento único.

A bordo do balão, turistas podem experimentar a sensação de voar como se estivessem flutuando a 500 metros de altitude. À medida em que o balão avança rumo às nuvens, o panorama da cidade vai tomando forma em miniatura.

Cerca de 90% das estruturas de voo estão localizadas no estado de São Paulo. Nessa região, os passeios são mantidos com mais regularidade em Sorocaba, Piracicaba, São Pedro e Boituva.

“Sobrevoar a cidade de São Pedro é uma experiência incrível. A vista lá de cima impressiona, com a serra e as várias cachoeiras. Sem contar a infraestrutura da cidade que também é atrativa, com diversos hotéis e pousadas”, afirma o recordista sul-americano de altitude e instrutor de balão, da empresa AirBrasil, com experiência de 27 anos, Feodor Nenov.

Para os mais aventureiros, há também opções na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, Rio de Janeiro e a região Norte do País.

A preparação do voo começa bem cedo. Se as condições meteorológicas estiverem favoráveis “o balão começa a ser preparado às 6h10 e a decolagem acontece meia hora depois”, afirma o instrutor Feodor, ressaltando que os balões podem comportar 16 passageiros por voo.

O piloto inicia os procedimentos retirando o balão guardado em um saco plástico dentro de uma carreta. Em seguida, conecta os cabos no maçarico do balão e enche o compartimento de ar frio.

Os passageiros também são convidados para ver de perto todo o processo de montagem do balão, além de ouvirem atentos as normas de segurança básicas. “Na véspera do voo, nós também ligamos para cada um e informamos se as condições do vento são ideais para decolar”, afirma Feodor Nenov.

Na viagem de balão, não é possível traçar uma rota precisa. Isso porque o vento determina as condições de voo e de decolagem. “Nós sempre dependemos da direção do vento, em geral voamos com ventos a 15 km/h. Por isso, contamos com uma equipe de apoio em terra, passo o briefing com minha expectativa quanto à trajetória de voo e confirmo a informação após a decolagem. Com o recurso via rádio mantenho contato o tempo todo”, relata Feodor Nenov.

Cada estação do ano tem uma característica determinante, ora a vegetação está mais amarelada, ora a temperatura do ar é maior. “Geralmente o mês de janeiro é o mais difícil para voar, já que o tempo é muito chuvoso”, completa.

Em geral, os balões de passeio comportam até 16 passageiros por voo. Crianças a partir de 6 anos estão livres para desfrutar da aventura. “A recomendação é usar sempre roupas confortáveis. Além do boné e protetor solar, os passageiros podem levar um equipamento fotográfico para registrar o voo”, elenca o instrutor.

A duração do voo é de uma hora, além das duas horas que incluem o preparo e o desmonte do balão. Não existe um limite máximo para altitude que alcança o equipamento. “Geralmente voamos até 500 metros de altitude. Uma parte é usada para sobrevoar a copa das árvores, passar rasante em rio e lagos, bem como conferir a vista panorâmica da região”, afirma Feodor Nenov.

Caso o pouso aconteça em local diferente da decolagem, uma van é acionada para buscar os participantes. “Também celebramos o voo com um tradicional brinde de champanhe, café da manhã e deixamos o espaço livre para que os participantes contem suas impressões durante o voo”, relata o instrutor.

A prática do balonismo no Brasil é regulamentada e fiscalizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Para operar esse tipo de modalidade (realizando voos panorâmicos turísticos), o piloto precisa ter registro na modalidade táxi-aéreo e ter o seu equipamento certificado. Ao es-colher um passeio de balão, o instrutor Feodor Nenov aconselha os interessados que verifiquem a experiência do piloto e o tempo de atuação da empre-sa no mercado. “É preciso que o instrutor transmita segurança para os passageiros a bordo”, afirma.

Fonte: Portal Brasil

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