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É sexta-feira à noite nos Estados Unidos, e um ritual de outono acontece em todo o país. Cheerleaders preparam seus pompons. Os membros da banda marcial aquecem seus instrumentos musicais. Meninos adolescentes se reúnem nos vestiários de ginásios de esportes para colocar seus equipamentos de proteção, ajustar suas chuteiras e se preparar para adentrar estádios lotados iluminados por enormes refletores. É a temporada de futebol americano das escolas de ensino médio e para muitos americanos esta é a melhor temporada de todas.

O futebol americano (que não deve ser confundido com o futebol, jogo de 90 minutos em que se usam os pés e que os americanos chamam de “soccer”) é menos sobre o jogo em si e mais sobre tudo o que inspira. Para os jogadores, trata-se de trabalhar duro como equipe a fim de conquistar algo que nenhuma pessoa poderia fazer. Os técnicos usam o esporte como uma metáfora para a vida, com lições sobre a superação de obstáculos. Os torcedores adoram o senso de solidariedade que o esporte cria, com cheerleaders, equipes de dança e integrantes da banda, todos presentes a fim de manter o nível de entusiasmo elevado.

Escola de Ensino Médio de Decatur, Texas: Treinador há 25 anos, incluindo quatro deles em Decatur, Mike Fuller trabalha mais de 90 horas por semana a fim de garantir que está oferecendo o melhor aos atletas. Os dias começam quando o despertador toca às 4 da manhã e muitas vezes termina somente depois da 1h30 da manhã. Entre o início e o final do dia, ele estuda vídeos dos adversários que seu time enfrentará, examina as listas de equipamentos com os outros 16 técnicos sob seu comando e assegura que seus jogadores estejam dando conta de seu trabalho escolar. “A escola vem em primeiro lugar”, diz Fuller, “mas os jogadores, em sua maioria, obtêm melhores notas durante a temporada de futebol porque precisam estar absolutamente focados em tudo”. Além de estar no comando de exercícios e treinos para os jogadores, Fuller também tenta ensiná-los a trabalhar em equipe.

Escola de Ensino Médio de Pewaukee, Wisconsin: A vida de Seth Bickett gira em torno do futebol americano. O estudante do último ano do ensino médio tem 1,80 m de altura e pesa 107 kg. Ele começou a jogar bola durante o ensino fundamental e agora atua na defesa para a Escola de Ensino Médio de Pewaukee. Ele tenta atravessar a linha de defesa da equipe adversária para enfrentar o jogador que segura a bola, que pode ser o “quarterback”, ou seja, o principal jogador que tem o controle de bola. Durante o ano letivo, ele acorda às 5 da manhã para um treino matinal. Quando as aulas terminam às 15h00, ele volta a treinar com o time até as 6h30 da tarde. Enquanto isso, ele está documentando sua alimentação para se certificar de que está na melhor forma física possível.

Escola de Ensino Médio de Malcolm, Nebraska: O futebol americano possui incursões caracterizadas por ações de alta intensidade, seguidas de pausas mais longas enquanto os times se preparam para a próxima jogada. Em razão disso, pode dar a impressão de ser um jogo lento. Restam poucas dúvidas de que uma multidão barulhenta pode manter a energia do jogo alta e assim ajudar os jogadores. E vamos reconhecer o papel das cheerleaders, ou animadoras de torcida. “Eu adoro”, diz Samantha Fortik, que faz parte da equipe de cheerleaders da escola de Malcolm há quatro anos. A equipe de cheerleaders dá cerca de 40 gritos de guerra, a maioria dos quais foi transmitido de geração em geração. Como capitã, Samantha anuncia os gritos de guerra para que todas as animadoras de torcida saibam qual deles fazer.

Escola de Ensino Médio Washington de Massillon, Ohio: Uma comunidade que leva a sério o futebol americano de ensino médio é Massillon, Ohio, cidade com 32 mil habitantes, dos quais 10 mil provavelmente vão assistir a uma partida. O hospital local presenteia os recém-nascidos com bolas de futebol americano logo após o parto. “O futebol une nossa cidade”, diz Kathy Catazaro-Perry, prefeita da cidade que outrora se caracterizava pelo setor siderúrgico. Atualmente, Massillon produz batatas fritas, comidas congeladas e bacon, que são distribuídos para os restaurantes fast-food da rede Wendy’s. Kathy nunca perde um jogo. Ela já fez apostas com o prefeito da cidade de uma equipe adversária. “Se ganharmos, o prefeito [da outra cidade] tem de usar uma camiseta do time de Massillon para uma reunião da Câmara Municipal. Se eles ganharem, eu tenho de vestir sua camiseta para uma de nossas reuniões”, diz ela. “Nos divertimos muito.”

Fonte: share.america.gov, por Tim Neville

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