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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em visita aos Estados Unidos, fez um discurso histórico no Capitólio na noite de quarta-feira, expressando gratidão pelo apoio americano na luta contra a invasão russa.

“Espero que minhas palavras de respeito e gratidão ressoem no coração de cada americano”, disse Zelensky durante a reunião conjunta do Congresso.

Mas, ao lado da gratidão, Zelensky fez um apelo por mais ajuda, enfatizando que suas forças armadas estão em menor número e menos armadas do que os militares russos.

A visita de Zelensky a Washington marca sua primeira viagem para fora da sua terra natal desde que foi invadida há 10 meses. Ele veio com o objetivo de dar um novo rumo a guerra ao lado de um importante aliado ocidental.

“Nossas duas nações são aliadas nesta batalha e o próximo ano será o momento da virada, eu sei – o momento em que a coragem ucraniana e a determinação americana devem garantir o futuro da nossa liberdade comum”, disse.

“Seu dinheiro não é caridade”, afirmou ele ao Congresso. “É um investimento na segurança global e na democracia com a qual lidamos da maneira mais responsável”, completou.

Zelensky também pediu aos legisladores que fortaleçam as sanções contra a Rússia.

Na quarta-feira, o líder ucraniano também visitou a Casa Branca, onde se encontrou com o presidente Biden. Eles realizaram uma coletiva de imprensa conjunta, durante a qual a dupla mostrou união em sua abordagem à guerra.

“Acho… que compartilhamos exatamente a mesma visão, e que uma Ucrânia livre, independente, próspera e segura é a visão – ambos queremos que esta guerra acabe”, disse Biden a repórteres na Casa Branca.

Biden anunciou um pacote de ajuda à Ucrânia de US$ 1,8 bilhão. Neste pacote está incluído um sistema de mísseis ‘terra-ar Patriot’, que tem sido um pedido antigo da Ucrânia para se defender de ataques aéreos russos.

A viagem de Zelensky, que autoridades americanas e ucranianas organizaram em segredo na semana passada, envolveu grandes riscos. Depois de chegar à Polônia de trem, Zelensky voou para Washington a bordo de um avião militar americano. Os riscos militares foram estudados para permitir ao presidente ucraniano fazer a curta viagem sem pôr em maior risco a situação militar.

Contudo, a Rússia não gostou do encontro dos dois aliados e fez ameaças:

Kyiv e seus aliados ocidentais estão “preparados para um longo confronto com a Rússia”, disse Moscou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russso, Maria Zakharova, disse que não importa quanto apoio militar o Ocidente forneça ao governo ucraniano, “eles não conseguirão nada”.

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