B.B. King (1925-2015) foi um guitarrista, cantor e compositor, um dos principais representantes do blues norte-americano.
B.B. King, nome artístico de Riley Ben King, nasceu em Itta Bena, nos arredores de Indianola, cidade no Mississipi, Estados Unidos, no dia 16 de setembro de 1925. Conheceu de perto o racismo, quando serviu o Exército durante a II Guerra Mundial e descobriu que os soldados, seus compatriotas, preferiam sentar-se ao lado de um prisioneiro alemão a ficar ao lado dele.
Em 1940 comprou seu primeiro violão. Autodidata, nunca estudou música. Com 22 anos, mudou-se para Memphis, onde
começou a tocar em esquinas, em troca de algumas moedas. Aos 24 anos foi contratado como DJ de uma rádio, quando adotou o nome artístico de B.B. King (as iniciais representam Blues Boy).
Em 1950 lançou seu primeiro sucesso nacional “Three o’clock blues” e se apresentava em pequenos cafés, inferninhos, salões de dança, clube de jazz e de rock. Ainda nos anos 50, ele tocava em um bar em Arkansas quando um homem tocou fogo no local por causa de uma mulher chamada Lucille. O músico enfrentou as chamas, salvou sua guitarra – à qual deu o nome da moça que causou a briga.
Nos anos 60, quando o blues era repudiado pelos adolescentes negros, politizados, por representar “musica dos tempos da escravidão”, B.B. King era bem recebido pelo público do rock, que desde então o venerava. Em 1969, foi escolhido para a abertura de 18 shows dos Rolling Stones.
B.B. King criou um estilo próprio e dizia que conseguia fazer uma nota valer por mil. Seu estilo influenciou guitarristas como Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan e George Harrison. Foi considerado para o blues o mesmo que Louis Armstrong representou para o jazz e Ray Charles para a soul music.
Ao longo de sua carreira recebeu 16 Prêmios Grammy, gravou mais de 50 discos, com músicas que marcaram época, entre elas: “Three o’clock blues”, “The Thrill is gone”, “When Love comes to town”, “How blue can you get”, “Everyday I have the blues”, “You don’t know me”, “Please love me”, entre outras. Em suas apresentações dos últimos anos, King tocava sentado por causa de problemas de saúde decorrentes da diabetes, doença que ele conviveu por mais de vinte anos.
B.B. King faleceu em Las Vegas, Estados Unidos, no dia 14 de maio de 2015.