Neymar, o atacante da Seleção Brasileira de Futebol, não enfrenta mais a possibilidade de ser preso depois que promotores espanhóis retiraram, na sexta-feira, 28 de outubro, as acusações de fraude e corrupção contra o jogador de futebol, seus pais e vários altos executivos do futebol envolvidos em sua transferência para o Barcelona em 2013.
No entanto, o julgamento vai continuar porque o grupo de investimento brasileiro DIS, que iniciou o caso, manteve a acusação de que as partes envolvidas cometeram fraude e corrupção.
A DIS alega que recebeu muito menos do que os 40% a que teriam direito por ser co-proprietária dos direitos de jogador de Neymar na época.
O Barcelona pagou ao Santos 17 milhões de euros por Neymar em julho de 2013. Mas a DIS – que detinha 40% dos direitos de Neymar durante seu tempo no Santos – afirmou que valores muito mais altos estavam envolvidos na transferência.
O promotor público anunciou a decisão de arquivar o caso depois de ouvir depoimentos dos ex-executivos do Barcelona Sandro Rosell e Josep Bartomeu. O promotor estadual Luis García disse ao tribunal que não viu nenhuma evidência de que um crime foi cometido.
Todos os réus negam qualquer irregularidade.
Promotores do Estado buscavam uma sentença de dois anos de prisão e uma multa de 10 milhões de euros (US$ 10 milhões) para Neymar. Eles também queriam cinco anos para Rosell e três anos para o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues.
A DIS está buscando penas de cinco anos de prisão para Neymar, de 30 anos para seu pai, Rosell e Bartomeu. A DIS também quer uma indenização de 34 milhões de euros e uma multa de 195 milhões de euros que seriam pagas pelos acusados ao Estado espanhol.
A DIS, que possui uma rede de supermercados na região de São Paulo, disse que adquiriu direitos para receber 40% de uma futura transferência de Neymar em 2009. Mas a empresa afirma que que recebeu apenas sua porcentagem devida dos 17 milhões de euros que o Barcelona e Santos anunciaram inicialmente como taxa de transferência entre os clubes. Contudo, o grupo alega que o custo real foi de cerca de 82 milhões de euros.
A expectativa é que o julgamento termine na segunda-feira.