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O Food and Drug Administration (FDA) aprovou na quinta-feira (13) uma pílula anticoncepcional para ser vendida sem receita médica nos Estados Unidos, um marco que pode expandir significativamente o acesso à contracepção.

O medicamento, chamado Opill, se tornará o método de controle de natalidade mais eficaz disponível sem receita – mais eficaz na prevenção da gravidez do que preservativos, espermicidas e outros métodos. Especialistas em saúde reprodutiva disseram que sua disponibilidade pode ser especialmente útil para mulheres jovens, adolescentes e aqueles que têm dificuldade em lidar com os obstáculos logísticos envolvidos na visita a um médico para obter uma receita.

A fabricante da pílula, Perrigo Company, com sede em Dublin, disse que a Opill provavelmente estará disponível nas farmácias norte-americanas no início de 2024.

A empresa não disse quanto custará o medicamento – uma questão-chave que ajudará a determinar quantas pessoas usarão a pílula – mas Frédérique Welgryn, vice-presidente global de saúde feminina da Perrigo, disse em comunicado que a empresa está comprometida em tornar a pílula “acessível e econômica para mulheres e pessoas de todas as idades”. Ela disse também que a empresa poderá ter um programa de assistência ao consumidor para fornecer a pílula sem nenhum custo para algumas mulheres.

Desde que a Suprema Corte anulou o direito nacional ao aborto no ano passado, o acesso à contracepção tornou-se uma questão cada vez mais urgente. Mas muito antes disso, o movimento de disponibilizar uma pílula sem receita para todas as idades recebeu amplo apoio de especialistas em saúde reprodutiva como a Associação Médica Americana, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas e a Academia Americana de Médicos de Família.

Opill foi aprovado para uso com receita há 50 anos. A pílula de venda livre será idêntica à versão prescrita, que é 93% eficaz na prevenção da gravidez com o uso normal.

A Opill é conhecida como uma “minipílula” porque contém apenas um hormônio, o progestágeno, em contraste com as pílulas “combinadas”, que contêm progestágeno e estrogênio. Uma empresa que fabrica uma pílula combinada, a Cadence Health, também está em negociações com a FDA para aprovar uma versão de venda livre.

Fonte: The New York Times 

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