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Pela primeira vez, a Mancha Verde é a grande campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo de 2019. Com o enredo “Oxalá, salve a princesa. A saga de uma guerreira negra”, a escola trouxe para o Anhembi a história de uma princesa africana Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, e discutiu escravidão, direitos de negros e mulheres e intolerância religiosa.

Em uma disputa acirrada a Acadêmicos do Tatuapé ficou com o vice-campeonato.

Os blocos de carnaval foram uma festa a parte encantando muitos turistas que visitaram São Paulo, Rio e algumas cidades do nordeste, onde percorreram trajetos urbanos definidos e mantendo a tradição no carnaval brasileiro, conhecidos popularmente por blocos de rua.

Os blocos foram animados por bandas, carros de som e trios elétricos.

No Nordeste, como tradição, foi comuns a participação de bonecos gigantes nos desfiles de alguns blocos, principalmente na cidade de Olinda (PE).

 

O destaque é para as músicas, frevos e marchinhas carnavalescas antigas. As pessoas desfilam nas ruas, geralmente usando fantasias.

São descontraídos e propositalmente desorganizados e improvisados. As

pessoas desfilam nas ruas usando fantasias geralmente feitas por elas mesmas ou abadas. Cantam marchinhas carnavalescas, sambas-enredo ou até mesmo músicas relacionadas ao cotidiano ou com temas envolvendo críticas políticas com tom bem humorado.

Os números expressivos do carnaval carioca ajudou a movimentar a economia local. A receita gerada com a folia foi de R$ 3,78 bilhões que circulou nos setores de comércio, serviços, hotelaria, gerando renda e trabalho para o carioca. A festa trouxe mais turistas ao Rio em 2019.

As cortinas se fecharam e só reabrirão na sexta-feira de carnaval de 2020, novamente com as campeãs.

A Mocidade Independente de Padre Miguel repetiu sua colocação de 2018 e emplacou seu terceiro desfile das campeãs seguido, algo que não conseguia desde 1997. A escola abordou a relação do homem com o tempo em um desfile bastante elogiado, que encerrou os desfiles já na manhã de terça-feira de carnaval.

A Acadêmicos do Salgueiro, que ficou no quinto lugar no Grupo Especial reviveu o desfile sobre o orixá Xangô.

Quarta colocada no Grupo Especial em 2019, a Portela homenageou a cantora Clara Nunes e emocionou a avenida através de seu samba e da atuação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre.

A Unidos de Vila Isabel não conseguiu mais voltar às campeãs entre 2014 e 2018. Com o desfile mais luxuoso de sua história a agremiação do bairro de Noel prestou uma homenagem à cidade de Petrópolis.

A Unidos do Viradouro teve o vice-campeonato do Grupo Especial sendo o melhor resultado na história de uma escola vinda do Acesso. A escola impressionou a avenida com o melhor projeto plástico apresentado por Paulo Barros em toda a sua carreira.

A Estação Primeira de Mangueira trouxe para a Sapucaí personagens omitidos da história do Brasil. A verde e rosa conquistou o vigésimo campeonato de sua história e é a única escola na história dos desfiles a ser campeã em todas as décadas desde que foram criados os desfiles de escola de samba, em 1932.

De volta a São Paulo, um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta que a receita de serviços em São Paulo durante o carnaval atingiu quase R$ 1,9 bilhão. É uma cifra 5,4% maior do que a alcançada no mesmo período de 2018.

Os desfiles das escolas de samba de São Paulo aconteceram no Sambódromo do Anhembi. Quem abriu a noite foi a Colorado do Brás, que voltou ao Grupo Especial.

Com o título “O Império Contra-Ataca”, a Império da Casa Verde apresentou o nome de um dos filmes da série “Guerra das Estrelas”, e o tema da escola foi o cinema.

A liberdade do povo brasileiro, desde o descobrimento até os dias de hoje, foi representada pela escola Acadêmicos do Tucuruvi. A proposta foi destacar a resistência do povo brasileiro para enfren-tar as adversidades através do tempo.

A grande campeã de 2018, Acadêmicos do Tatuapé levou para a avenida um samba sobre os guerreiros de nossa história. Entre eles, São Jorge e os orixás.

O desfile da escola X-9 Paulistana foi dedicado ao sambista Arlindo Cruz.

A curiosidade do homem diante de questões como “De onde viemos?”, “Para onde vamos?”, “Quem é Deus?” esteve presente no tema do samba da Tom Maior.

Campeã do Grupo de Acesso em 2018, a escola Águia de Ouro abordou a ganância na exploração de riquezas do nosso país.

“A Invenção do Tempo – Uma Odisseia em 65 minutos” da Dragões da Real tratou da influência do tempo na humanidade, referindo-se à duração máxima de um desfile de uma escola de São Paulo.

A escola Mocidade Alegre trouxe para o desfile uma lenda de como foi criado o Rio Amazonas. Em “Ayakamaé – As águas sagradas do sol e da lua”, a Mocidade Alegre contou que o sol e a lua eram amantes, mas nunca conseguiam se encontrar. A lua chorou e as suas lágrimas deram origem ao rio amazônico.

A luta do povo negro foi o tema da escola Vai-Vai neste ano. Com “Vai-Vai, O Quilombo do Futuro”, o samba-enredo mostrou a importância das conquistas dos antepassados, ressaltando as marcantes figuras negras de nossa história.

Na avenida, a escola Rosas de Ouro retratou a ligação entre o Carnaval de São Paulo e a comunidade armênia que vive na cidade com o tema “Viva, Hayastan!”.

O tema da escola Unidos de Vila Maria foi o Peru. O descobrimento, a cultura, as belezas naturais, a culinária e os mistérios foram alguns dos pontos retratados no Sambódromo do Anhembi.

A escola Gaviões da Fiel optou por reeditar um samba de 1994 para apresentar neste ano. Com “A saliva do santo e o veneno da serpente”, o samba-enredo da Gaviões fala sobre a história, as lendas e os malefícios do tabaco.

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