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O mercado de cavalos tem chamado a atenção de muitos investidores no Brasil. A cada ano, o setor de cavalos no Brasil avança 12% com um faturamento de R$ 16 bilhões.

É um mercado dividido por raças específicas de cavalos, como o quarto de milha (as vendas de cavalos quarto de milha crescem a 35%, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha), o mangalarga marchador e a raça crioula, que são algumas das raças mais rentáveis no país. O interessante é que os investimentos não vêm somente de criadores profissionais de cavalos ou profissionais do ramo de animais, e sim de áreas bastante diversificadas.

É difícil dizer que uma raça é mais cara que a outra, pois os preços variam de acordo com a funcionalidade do cavalo, mas a raça crioula tem se destacado nos últimos anos. Empresários e profissionais de áreas como a medicina, engenharia e advocacia têm sido atraídos pela alta rentabilidade do mercado de cavalos crioulos, tornando-se os responsáveis por quase 600% da sua valorização na última década. A criação de cavalos também é responsável por cerca de 32 milhões de empregos diretos e indiretos.

O Valor de Um Cavalo

Você já deve estar se perguntando: o que faz um cavalo valer tanto?

O valor de um cavalo pode ser determinado por vários critérios diferentes. O mais importante deles é o número de coberturas (também chamados de acasalamentos) que ele tem capacidade de realizar por ano. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), são 150 coberturas para cavalos campeões e 125 para os demais.

Mas não é só isso, não. Para as coberturas do cavalo terem um valor alto, são essenciais também a beleza e a funcionalidade. Acrescente a isso a conquista de competições da raça e fica impossível prever a qual valor ele pode chegar. O Freio de Ouro, por exemplo, é uma competição anual exclusiva do Cavalo Crioulo, onde podem ser comprovadas as habilidades de cavalo e ginete, reproduzindo nas pistas o trabalho do dia a dia no campo. É um conjunto de provas que testam a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a coragem, que formam a funcionalidade do cavalo crioulo. Hoje, o Freio de Ouro é o principal indicador de aperfeiçoamento e seleção da raça Crioula.

A Origem

As raças brasileiras começaram a ser formadas a partir da segunda metade do século IX. A primeira delas foi a raça Mangalarga (conhecida popularmente como “Mangalarga Paulista” seguindo-se as raças Mangalarga Marchador (conhecida popularmente como “Mangalarga Mineiro”), Campolina, Crioula, Piquira, Pantaneira, Marajoara, Campeira, Nordestina e Brasileiro de Hipismo. Um décimo agrupamento de equinos vem sendo constituído desde 1993, através do Serviço de Registro Genealógico da ABCCPAMPA – Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa. Mas não se pode considerar como raça, tendo em vista que Pampa define pelagem, sendo comum em várias raças, como nas próprias raças Mangalarga, Mangalarga Marchador, Campolina, Piquira, como exemplos. A morfologia e o andamento, apesar de serem orientados por um padrão racial, são de padronização quase que impossível, pois são registrados animais oriundos de quase uma dezena de raças, além dos animais sem origem conhecida.

De acordo com a função, as raças são dividas em: Esporte, Lazer e Serviço.

As raças brasileiras especializadas para serviço são a Crioula, Pantaneira, Marajoara e Nordestina. O cavalo Pantaneiro é um especialista na lida de gado nas regiões alagadas do Pantanal do Mato Grosso, na época das enchentes. O cavalo Marajoara é especialista no trabalho de gado na região úmida da Ilha de Marajó, onde predominam criações de búfalos. O cavalo Nordestino é um especialista no trabalho de gado e rebanhos de caprinos e ovinos na caatinga do sertão do Nordeste, de vegetação espinhosa, mas esta raça deixou de ser reconhecida pelo Ministério da Agricultura.

As raças nacionais especialistas na prática de esportes são a Mangalarga e Brasileiro de Hipismo. Atualmente, o cavalo Mangalarga é muito utilizado em provas funcionais de velocidade e maneabilidade, na lida de gado e cavalgadas. O cavalo Brasileiro de Hipismo, chamado de BH, é de formação mais recente, sendo derivado de raças estrangeiras especialistas em salto.

As raças nacionais especialistas em lazer são a Mangalarga Marchador, Campolina, Piquira e Campeira. Estas raças brasileiras de cavalos de marcha representam autênticos patrimônios nacionais.

Investimento

O dinheiro que tem sido investido para criar animais de destaque é direcionado para melhoria genética, alimentação e treinamento. Todo investidor aposta na melhor combinação possível de genética, morfologia e treinamento, com a esperança de que o cavalo tenha a capacidade de produzir características de alto valor na raça. A medicina desses animais também está em fase muito avançada.

Hipismo

A história do hipismo remonta a 1.360 AC, quando foi elaborado o primeiro tratado de adestramento pelo treinador e professor de equitação Kikkulis, do antigo reino de Mitanni, que hoje abriga parte das terras da Turquia, Síria e Iraque. Os cavalos já estavam presentes nas Olimpíadas da Grécia Antiga, mas foi somente no século 19 que surgiu a prática do salto como competição mas foi a Real Sociedade de Dublin que criou a modelo base para as atuais competições de hipismo, em 1881.

Curiosidades

• O hipismo é o único esporte olímpico no qual homens e mulheres competem em igualdade pelas mesmas medalhas;

• As modalidades estão presentes nas Olimpíadas há 104 anos e comemoraram seu ano centenário em 2012, em Londres;

• Cavaleiros fazem o percurso de Cross Country e salto para aprender a rota, mas os cavalos o vêem pela primeira vez somente na competição;

• As provas de Grand Prix Freestyle, apresentação com música de estilo livre, são especialmente coreografadas e contam com música personalizada, feitas sob medida de acordo com os passos dos cavalos.

• O Brasil já ganhou varias medalhas no hipismo em Jogos Olímpicos

• A atleta brasileira de adestramento Luiza Tavares de Almeida foi a mais jovem a competir em provas de hipismo em uma Olimpíada, em Pequim, em 2008;

GP Brasil

Em um Jockey Club Brasileiro em dia de gala vencer essa prova é o sonho de todo o jóquei.

O GP Brasil não se resume apenas ao show dos cavalos e jóqueis dentro da pista. O glamour, badalação e a presença de personalidades sempre tem seu espaço.

PMU (Pari Mutuel Urbain)

PMU Brasil é uma subsidiária criada pela PMU francesa. A empresa atua na gestão das apostas hípicas e sua comercialização através de pontos de venda, plataforma online e telefone, além da produção e transmissão ao vivo de imagens das corridas. A meta é triplicar o movimento de apostas até 2020, além de redinamizar as apostas e valorizar as corridas brasileiras.

A empresa estabeleceu importantes parcerias com hipódromos internacionais. Durante o GP Brasil, o Sports Bar da empresa contou com programação especial, narração VIP e sessão de autógrafos.

Cavalos Crioulos: entre os mais caros do Brasil

O cavalo Crioulo, uma das raças mais antigas do país, foi desenvolvido na região dos pampas gauchos, lidando com manadas de gado e ovinos.

É um cavalo resistente, de criação rústica, ágil, veloz, inteligente, de boa treinabilidade. Para demonstrar suas aptidões funcionais, executa uma prova de maneabilidade e velocidade, conhecida como “Freio de Ouro”.

Alguns cavalos da raça crioula chamaram a atenção nos últimos anos, entre eles o garanhão JLS Hermoso, pois cada cobertura foi vendida a R$ 108,33 mil e considerando que ele pode ter 150 coberturas por ano, chegou-se ao seu valor atual de R$ 16,25 milhões, o que muitos consideram como o mais caro do Brasil.

Fontes: www.comprerural.com; blog.rodeowest.com.br; www.pmubrasil.com.br e www.revistahorse.com.br

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