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A história da música negra americana nos Estados Unidos se estende por quatro séculos, e agora há um museu que homenageia esse legado.

O Museu Nacional de Música Afro-Americana (NMAAM), inaugurado em 30 de janeiro em Nashville, no Tennessee, se autodenomina “o único museu dedicado a preservar e celebrar os muitos gêneros musicais criados, influenciados e inspirados por afro-americanos”.

Dividido em seis galerias que abrangem quatro séculos, o museu educa quem o visita sobre a história e a influência da música negra americana nos Estados Unidos, que pode ser rastreada até os hinos e as canções que os escravizados africanos cantavam nos anos 1600.

O NMAAM destaca os mais de 50 gêneros criados ou influenciados por negros americanos, focando especificamente em spirituals (gênero musical originado de cantos de escravos americanos), blues, jazz, gospel, rhythm and blues (R&B) e hip-hop em suas seis galerias.

Uma coleção de mais de 1.500 objetos, que vão do trompete de Louis Armstrong a um dos prêmios Grammy de Ella Fitzgerald, dá vida à história.

O museu escolheu sua localização em Nashville em virtude dos laços históricos da cidade com a música negra americana, que remonta a pelo menos 150 anos.

A música americana “nasceu no Sul, e depois no fim da escravidão e no início da Grande Migração, quando nossos avós começaram a migrar para o norte (…) eles deixaram rastros dessa influência em Memphis e deixaram rastros em Nashville e rastros em Johnson City”, disse H. Beecher Hicks III, presidente e executivo-chefe do NMAAM.

O famoso apelido de Nashville, “Cidade da Música”, remonta às turnês internacionais dos Fisk Jubilee Singers, grupo negro a capela fundado em 1871 na Universidade Fisk, instituição de ensino superior historicamente negra localizada na cidade. O grupo até se apresentou para a rainha Vitória. A exposição rendeu a Nashville sua reputação e o apelido de paraíso para os negros americanos que criavam e interpretavam música.

Desde então, a cidade também se tornou conhecida por seus artistas brancos do gênero country, e a cena musical e estúdios de gravação deles. Nashville possui mais de 180 casas de shows onde artistas como Johnny Cash e Dolly Parton fizeram apresentações célebres.

No entanto, como o NMAAM deixa claro, a história da música negra de Nashville é igualmente proeminente. A Rua Jefferson, em particular, foi um centro para a música e os músicos de R&B na década de 1960.

A história de Nashville e o NMAAM demonstram não apenas o sucesso dos músicos negros, mas também a influência que eles têm em artistas de muitos gêneros musicais americanos posteriores.

“O Tennessee realmente, de muitas maneiras, é o local onde a música americana foi colocada à prova, embora nos tempos mais modernos tenha sido mais proeminente em outras cidades”, disse Hicks. “Estamos apenas levando (a música americana) de volta ao local de origem.”

E como o museu declara, “a música negra é a música dos Estados Unidos”.

Fonte: https://share.america.gov

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