Os espanhóis chegaram ao continente americano em 1492, e, no território dos atuais EUA, foram os primeiros europeus a estabelecerem-se.
A colonização dos EUA foi realizada pelos ingleses no que ficou conhecido como Treze Colônias:
• Virgínia, fundada pela London Company, em 1607.
• New Hampshire, fundada pela London Company, em 1623.
• Massachusetts, fundada por John Mason e outros separatistas puritanos, entre 1620-1630.
• Maryland, fundada por Lord Baltimore, em 1634.
• Connecticut, fundada por emigrantes de Mass, em 1635.
• Rhode Island, fundada por Roger Williams, em 1636.
• Carolina do Norte, fundada por emigrantes da Virgínia, em 1653.
• Nova York, fundada pela Holanda, em 1613.
• Nova Jersey, fundada por Berkeley Carteret, em 1664.
• Carolina do Sul, fundada por nobres ingleses, em 1670.
• Pensilvânia, fundada por William Penn, 1681.
• Delaware, fundada pela Suécia, em 1638.
• Geórgia, fundada por James Oglethorpe, em 1733.
“Os primeiros espanhóis chegaram à Flórida no começo do século XVI, mas a colonização dos Estados Unidos foi realizada pelos ingleses. As primeiras tentativas de colonização desses na América do Norte deram-se no reinado de Elizabeth I, que permitiu que Sir Walter Raleigh iniciasse a conquista da região.
Essa tentativa inicial de ocupação fracassou, e o símbolo desse fracasso é o caso da colônia instalada na ilha de Roanoke. Em 1590, chegou a Roanoke uma expedição inglesa, mas a colônia estabelecida lá previamente estava deserta. Acredita-se que nativos tenham atacado-a.
No começo do século XVII, foram estabelecidas novas tentativas de ocupação, e considera-se a fundação da colônia de Virgínia, em 1607, como o ponto de partida da colonização inglesa. Os ingleses realizaram a concessão dos direitos de colonização e exploração para duas empresas privadas, que rapidamente faliram (London Co. e Plymouth Co.).
Um marco importante para os americanos é a chegada dos peregrinos por meio de um navio chamado Mayflower, que, de acordo com eles, trouxe os “pais fundadores”. Um dos principais feriados dos Estados Unidos — Dia de Ação de Graças — é em celebração a esse dia realizado pelos pais peregrinos, pela primeira vez, em Massachusetts, no ano de 1621.
O crescimento da colônia foi rápido, e um símbolo disso é o grande crescimento populacional das Treze Colônias. Assim, se em 1620 a população era de 2500 pessoas, um século depois essa tinha ultrapassado os três milhões de habitantes, segundo aponta o historiador Leandro Karnal.
As Treze Colônias desenvolveram-se cada qual com suas características, uma vez que a colonização inglesa foi menos controladora do que a espanhola e a portuguesa.
Com essa maior autonomia, foi possibilitado às Colônias a promoção do seu desenvolvimento da forma como achavam melhor.
Essas foram agrupadas em dois grupos, dependendo de suas características. Esses grupos eram as colônias do Sul e colônias do Norte.
Explicamos brevemente as características de cada um deles a seguir:
• Colônias do Norte: predominou a colonização de povoamento, em que famílias europeias, algumas delas puritanas fugindo das perseguições religiosas no continente de origem. Por apresentar um clima temperado, parecido com o encontrado na Inglaterra a agricultura não era muito rentável. A produção agrícola baseava-se na policultura e era voltada para atender as necessidades de consumo interno. O trabalho preponderante nessa região era o trabalho livre e familiar, outras atividades econômicas de destaque eram a manufatura, a produção de navios e a pesca, e o mercado triangular era importante para a economia local.
• Colônias do Sul: seu clima e solo permitiam que a agricultura fosse realizada em grande escala e voltada para a exportação. Os produtos de maior destaque eram o tabaco e o algodão, produzidos em grandes propriedades conhecidas como plantations. A forma de trabalho preponderante foi a do trabalho escravo realizado pelos africanos.
Pelo Tratado de Tordesilhas, a América do Norte era considerada propriedade da Espanha, mas esta concentrou sua colonização na América Central e na América do Sul. No início do século XVII, os franceses iniciaram a colonização do Quebec, no atual Canadá.
Em 1756 eclodiu a Guerra dos Sete Anos, travada entre França e Inglaterra e causada pelas disputas territoriais na América entre as duas nações. Os colonos das Treze Colônias lutaram ao lado dos ingleses, fornecendo tropas, suprimentos e abrigo.
A Guerra dos Sete Anos se encerrou com a vitória dos ingleses.
Causas da Independência dos Estados Unidos
A Inglaterra, embora vitoriosa na Guerra dos Sete Anos, saiu com os cofres vazios do conflito. Como solução para a crise, a Inglaterra passou a aumentar o controle e os impostos sobre as Treze Colônias. Em meados da década de 1760, foram criadas a Lei do Selo, a Lei do Açúcar, a Lei da Moeda e a Lei de Aquartelamento, todas elas geraram protestos entre os colonos americanos. Cobradores de impostos e outros funcionários públicos foram atacados, muitas vezes suas roupas eram arrancadas e seus corpos besuntados com piche e penas de aves.
Em 1773, o Parlamento inglês aprovou a Lei do Chá, garantindo o monopólio do comércio do produto para a British East Indian Company, o que aumentou o custo do produto para os colonos. Em 16 de dezembro, os colonos realizaram a Festa do Chá de Boston, quando invadiram navios da companhia inglesa e jogaram no mar toda a sua preciosa carga.
Em represália à Festa do Chá, o Parlamento inglês aprovou um conjunto de leis que obrigavam os colonos a indenizarem os britânicos, o fechamento do porto de Boston, entre diversas outras imposições que revoltaram os habitantes das 13 colônias. Essas leis foram chamadas por eles de “Leis Intoleráveis”.
Representantes das Treze Colônias se reuniram em 1774, no Primeiro Congresso da Filadélfia, ou Primeiro Congresso Continental. Nele os colonos realizaram diversas reivindicações ao rei George III e ao Parlamento inglês, a maioria delas não foi atendida. No ano seguinte, tropas britânicas foram enviadas aos EUA para desarmarem seus colonos, que decidiram lutar contra os ingleses.
Em 1776 foi realizado o Segundo Congresso Continental, nele as Treze Colônias decidiram pela independência e assinaram a Declaração de Independência, no dia 4 de julho de 1776. A guerra contra os ingleses só se encerrou, em 1783, com a vitória dos colonos.
Declaração de Independência dos EUA
A Declaração de Independência dos EUA é considerada um dos documentos mais importantes da história humana por ter sido o primeiro pelo qual uma colônia se declarou independente, por criar uma nação e por garantir direitos fundamentais de sua população. Inspirada no iluminismo, a Declaração estabeleceu a liberdade de expressão, de imprensa, de crença e de opinião política.
O Congresso Continental nomeou um comitê composto por cinco membros e responsável pela elaboração da declaração. O comitê foi formado por Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adams, Roger Sherman e Robert Livingston. Jefferson redigiu a primeira versão da Declaração, levando-a ao comitê, que realizou modificações no texto.
O Congresso Continental aprovou a Declaração em 4 de julho de 1776 e, no dia seguinte, a versão original foi encaminhada para John Dunlap, o impressor oficial do Congresso. Ele produziu 13 cópias da original, chamadas de “Essex Broadside”, e enviou cada uma delas para uma das Treze Colônias.
Atualmente existem 10 dessas impressões, a Declaração original está atualmente no National Archives Building, em Washington.
Consequências da independência dos EUA
A consequência imediata da independência dos EUA a fundação da primeira república independente da América, em 1783, com a assinatura do Tratado de Paris.
Originalmente formada por Treze Colônias, os EUA expandiram seu território para o Oeste, até o Pacífico, conquistando terras indígenas e mexicanas. Com a anexação do Havai e a compra do Alaska, o país passou a possuir os atuais 50 estados, sendo o terceiro maior país do mundo. Os EUA também se tornaram a maior potência militar e econômica global.
Outra consequência da independência dos EUA foi sua repercussão política, na Europa e nas Américas, servindo de inspiração para diversos movimentos emancipacionistas e liberais ao longo dos séculos XVIII e XIX, entre eles os movimentos de independência da América Latina e a Revolução Francesa. No Brasil, a independência americana inspirou movimentos como a Inconfidência Mineira e a Confederação do Equador.
A escravidão foi outra consequência da independência dos EUA, não sendo abolida após a emancipação. As diferenças econômicas entre as colônias do norte e do sul também permaneceram, com o norte se tornando uma região industrial ao longo do século XIX, enquanto o sul permane-ceu agrário e escravocrata.
Fontes: Wikipedia, mundoeducacao.uol.com.br, historiadomundo.com.br & brasilescola.uol.com.br
