BACC TRAVEL

A investigação sobre a invasão do Capitólio, que aconteceu em 6 de janeiro de 2021, é a maior investigação criminal nos 153 anos de história do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Em busca de pistas sobre os participantes e suas motivações, agentes federais já apreenderam centenas de celulares, interrogaram milhares de testemunhas e deram seguimento a dezenas de milhares de denúncias em um processo exaustivo que resultou até agora em mais de 900 prisões em todo o país.

Mas a investigação ainda está longe de ser concluída: dezenas, senão centenas de pessoas ainda podem enfrentar acusações, que estão sendo distribuídas ao longo de muitos meses para não sobrecarregar os tribunais.

Os investigadores da ação tem feito um grande esforço para levar à justiça grupos extremistas como os “Proud Boys” e a milícia “Oath Keepers”, que desempenharam papéis centrais no ataque ao Capitólio e na ameaça a um dos pilares da democracia americana: a transferência legal do poder presidencial.

Além disso, o inquérito sobre o que aconteceu no Capitólio serve de pano de fundo para uma investigação que está examinando o papel do ex-presidente Trump no episódio e de seus vários assessores e advogados na tentativa de anular os resultados da eleição presidencial.

A investigações em números

Cerca de 950 pessoas foram incriminadas por conexão com a invasão do Capitólio. Dessas, 18 foram acusados de conspiração sediciosa; 284 de agressão ou resistência a um policial; 295 de obstrução a um processo oficial perante o Congresso; as outras acusações, em sua maioria, foram por contravenções relativamente menores, como invasão ou presença ilegal no Capitólio.

A sentença máxima para esses pequenos delitos é de seis meses de prisão, e muitos réus receberam apenas algumas semanas de prisão ou não precisaram encarar nenhum tempo de cadeia.

Por outro lado, os casos de agressão renderam as penalidades mais duras até agora. Em setembro, Thomas Webster, um ex-policial da cidade de Nova York condenado por atacar um oficial do Capitólio com um mastro de bandeira, foi condenado a 10 anos de prisão, a sentença mais severa até agora.

Um mês depois, Albuquerque Cosper Head, um morador do Tennessee, foi condenado a sete anos e meio de prisão após se declarar culpado por arrastar o policial Michael Fanone para uma multidão pró-Trump que o agrediu brutalmente e o atacou com uma arma de choque.

Fonte: The New York Times

Deixe um comentário

The Brasilians