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O artista Gustavo sales mora em Portugal desde 2012. Sua decisão foi meramente pessoal, pois seus pais são portugueses.

Ele precisou cortar alguns laços no Brasil, mesmo porque a maioria dos seus clientes estavam no exterior.

O trabalho de Gustavo são artes para álbuns de bandas de rock, especificamente, bandas de sucesso na linhagem do Heavy Metal. Ele começou por volta de 2002 e 2003. O curioso é que sua formação não tem ligação alguma com o seu trabalho, pois na faculdade cursou música, ciências sociais e letras.

Até hoje ele se pergunta como conseguiu fazer a arte da banda famosas como X ou Y.

O mais importante foi ele ter percebido a sinestesia entre o visual e o musical, onde conseguiu desenvolver o feeling na hora de criar, seja pra um banda de Death Metal ou de Rock Progressivo.

Ele diz ter tido muita sorte de poder trabalhar com bandas e artistas dos mais variados estilos, o que o ajudou a abrir muito sua mente para uma variedade absurda de estilos.

Como ele sempre foi muito fã da banda Arch Enemy, começou a trabalhar com eles fazendo a capa do album “The Root of All Evil” e depois seguiu por mais 4 ou 5 anos fazendo outras capas de álbuns e singles, toneladas de merchandising, cenário de palco, website e até as guitarras modelo assinadas por Michael Amott, guitarrista do Arch Enemy. “Ter feito parte da história da banda foi algo bem surreal. Hoje sempre que posso eu os encontro nos festivais, mesmo sem trabalhar mais com eles, são sempre muito gentis e me recebem muito bem. Gosto muito da capa que fiz pro relançamento do primeiro disco deles, “Black Earth”, um de meus discos prediletos.” – afirma ele.

“É difícil escolher o filho predileto, certo? Gosto e desgosto de muitos trabalhos pelas razões menos óbvias possíveis, algo muito particular que não tem muito critério. Eu poderia citar alguns por qualquer razão que eu adoro, como os que fiz pro Arch Enemy, Gus G., Amaranthe, James LaBrie, Morbid Angel, Cyhra, Machine Head, Cynic etc. São muitos e sempre que faço uma lista deixo muita gente defora obviamente.

São um presente e tanto, fico muito feliz por ter meus trabalhos com esse tipo de exposição. Você nunca vai saber qual trabalho vai ganhar um Grammy ou disco de platina, certo?

Tenho a muitos discos de ouro na parede e não os vejo como troféus pra massagear meu ego, mas como lembranças de que um dia o meu esforço valeu a pena, de como um trabalho sério e comprometido pode ser relevante.”, continuou Gustavo.

Os prêmios não são só seus, como o proprio artista afirma. Faz parte de uma equipe, e ele se considera parte dessa engrenagem de um grande time que joga junto, que começa lá atrás quando alguém teve uma ideia de um riff e termina com o album na prateleira pra ser vendido.

Quando cheguei em Portugal ele teve essa ideia de expor seu trabalho, algo que nunca fez no Brasil. Acabou tendo um espaço numa casa de shows famosa na cidade do Porto, e mais de 150 mil pessoas presenciaram as capas expostas por 1 mês, afinal o local também é um ponto turístico, então muita gente viu o seu trabalho.

Depois da exposição em Portugal, ele recebeu convites pra expor na Espanha.

Trabalhar com livros e uma atividade mais recente, onde teve alguns trabalhos publicados em alguns livros de uma editora inglesa e agora ele está em negociação pra fazer um livro só com seus trabalho e espera ser lançado em 2019.

Ele diz que amaria trabalhar com mais artistas indie tipo “God Is An Astronaut” ou “Nordic Giants”. No Metal eu ainda sonho em fazer algo com Steve Vai, as bandas In Flames, Mastodon ou Dream Theater, afinal, segundo ele, sonhar não custa nada.

Fora do seu trabalho ele aprecia muito quadrinhos, concept art de games e, claro, outros artistas da cena.

Dos brasileiros, ele gosta muito dos trabalhos do seu grande amigo e mestre Marcelo Vasco, das ilustrações fantásticas de Rafael Tavares, Ivan Reis e Mike Deodato. Dos estrangeiros, aprecia Mike Mignola, Niklas Sundin, Android Jones, Sergey Kolesov, Jim Lee, Gilles Beloeil, Salvador Dali, Dave Mckean e Travis Smith.

Fonte: www.artecondenada.com, por Luis Carlos

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