Você sabia que o plástico descartável leva, em média, de 250 a 400 anos para se decompor? E que para produzir um quilo de papel, são necessário 540 litros de água? E, ainda, que a cada uma tonelada, são usadas de duas a três toneladas de madeira? Agora imagina o quanto usamos esses materiais no nosso dia a dia e o quanto isso reflete diretamente no meio ambiente.
“O grande impacto do plástico descartável é justamente o “descartável”, porque você consome e descarta muito rápido, e na maioria das vezes esse descarte é feito de forma indevida, gerando poluição no solo, nas águas”, diz a engenheira sanitarista e ambiental Marta Brito.
A engenheira ainda destaca que o plástico pode também ser bastante prejudicial à saúde. “Aqueles copinhos de plástico que temos o costume de tomar café, quando em contato com bebida quente, liberam xenoestrogênio, uma substância cancerígena”, alerta Marta, que continua…. “É esse o caminho, de medidas simples de uma empresa, que no somatório fica significativo. Confira algumas medidas simples que pode ser feitas em uma empresa:
• Canudos de vidro: Depois dos copos descartáveis, o canudo de plástico é o outro vilão do meio ambiente. Mas também está bastante embutido no costume dos brasileiros. Tem bebida? Então tem canudo.
• Toalhas de pano: Algumas empresas já substituiu a toalha de papel para secar as mãos pelas tradicionais toalhas de pano.
• Copos de alumínio: As empresas podem eliminar o uso de copos descartáveis e os funcionários levam seus próprios copos e garrafinhas.
Projeto de Lei
A Comissão de Meio Ambiente aprovou o projeto de lei (PLS 92/2018) que prevê a retirada gradual do plástico da composição de pratos,
copos, bandejas e talheres descartáveis.
Pelo texto, em dez anos, o plástico deverá ser substituído por materiais biodegradáveis em itens destinados ao acondicionamento de alimentos prontos para o consumo.
Segundo o texto aprovado, o plástico deverá ser substituído em 20% dos utensílios no prazo de dois anos após a eventual vigência da lei. Esta exigência subirá para 50% após 4 anos; para 60%, após 6 anos; e para 80%, após 8 anos. O plástico deverá ser totalmente banido após dez anos.
“O mundo inteiro está nesta rota, de inserir a economia verde e circular. É uma mudança gradativa, porque a intenção é mudar a matriz energética, ou seja, ao invés de vir por origem do petróleo, será origem vegetal. A gente vai continuar tendo plástico, mas o intuito é que seja produzido de fonte renovável”, explica Marta.
Fonte: www.midiamax.com.br, por Mariana Lopes